Dicionário completo
de percussão!
http://books.google.com.br/books?id=qRG0tBCsdQAC&dq=dicion%C3%A1rio+de+percuss%C3%A3o&printsec=frontcover&source=bl&ots=m-1va7CpQN&sig=Km5cW5blOrjf-jDq0iNGlUi-La0&hl=pt-BR&ei=HA7KSpb0M8KMuAeP8_DsDg&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2#v=twopage&q=&f=false
Dicionário rápido de percussão!
ADUFE
Tipo de pandeiro quadrado de origem árabe, feito de madeira leve com membranas retesadas de ambos os lados. Usado especialmente em festas folclóricas portuguesas e brasileiras.
AFOXÉ
O afoxé tradicional é feito com cabaças, logo existem em diferentes formatos e tamanhos devido a serem feitos de um material natural. O formato mais comum dos afoxés consiste numa cabaça redonda que se afunila para formar um tipo de cabo. Eles têm contas trançadas à sua volta amarradas com cordas ou fios.
AGOGO
Instrumento de origem africana composto por uma alça de metal com um cone metálico em cada uma das pontas; estes cones são de tamanhos diferentes, portanto produzindo sons diferentes. Para tocar segura-se a alça de metal com uma das mãos e bate-se com uma baqueta. Uma vez iniciado o ritmo o padrão é em geral mantido constante, excepto em situações menos tradicionais, onde a improvisação de variações funciona bem.
Instrumento muito popular no samba brasileiro.
ATABAQUE
De origem africana, feito de madeira de forma cónica. Na parte superior do instrumento é colocado o couro de boi. Muito usado em capoeira e rituais de candomblés e umbandas em todo o Brasil.
É o atabaque que marca o ritmo das batidas do jogo de capoeira. Juntamente com o pandeiro é ele que acompanha o solo do berimbau.
BATA
Este tambor em forma de ampulheta é um tambor cerimonial tradicional usado na religião da Santeria. É um tambor de duas peles, que vão diminuindo de diâmetro num dos lados.
É tocado com ambas as mãos uma em cada lado do tambor.
BATERIA
Bateria é um conjunto de instrumentos de percussão executado por uma só pessoa. Foi inventada nos EUA, associada à música de jazz.
BERIMBAU
De origem Africana, o Berimbau é muito usado em Candomblé e capoeira. Consiste num arco feito de madeira com as pontas unidas por uma arame e com uma cabaça na extremidade. Tem um timbre peculiar produzido golpeando-se o arame com uma vareta de madeira, enquanto se pressiona o mesmo arame com uma pedra ou moeda, sendo a cabaça utilizada como caixa de ressonância. É tocado junto com o caxixi para este ser sacudido entre os toques.
O som do berimbau é quase sinónimo de capoeira. O berimbau comanda a roda, determinando o tipo de jogo (angola, regional, etc.) de acordo com o ritmo tocado.
BOMBO
De som grave, é tocado por uma maceta. Esta pode ser usada com uma bolota de feltro em cada ponta, duas baquetas de surdo ou tímpano, para obter assim o efeito de trémulos. É o maior dos tambores de duas peles. Pode ser apoiado em um cavalete ou pendurado no corpo do executante dependendo do tamanho. Ás vezes chamado de bumbo.
BONGO
O bongo é um instrumento de origem cubana. Foram primeiro usados no estilo musical Le Son e foram o principal instrumento da música popular cubana até à introdução das congas.
O bongo é composto de dois tambores; o maior é o grave e é chamado “fêmea”(hembra), o mais pequeno é o agudo e é chamado “macho”.
CABAÇA
Esta cabaça é coberta com uma rede de contas. Pode-se batê-la contra a palma da mão, abanar para a frente e para trás como um chocalho, ou girar com as duas mãos.
CABULETÊ
Instrumento encontrado em várias culturas, destacando-se a indiana. Consiste num pequeno tambor com membranas dos dois lados que proporciona um ritmo constante.
CAIXA
De madeira ou de metal, a caixa tem forma cilíndrica e com pele dos dois lados. A tradicional era afinada com um sistema de cordas, e a actual com aro metálico apertados por borboletas com esteiras na parte inferior, ou seja, na pele de respostas. Existem diferentes caixas com nomes específicos devido aos diferentes tamanhos e timbres. Por exemplo: Caixa clara, Caixa-de-guerra, pícolo e outras.
CAJON
Originário da região dos Andes, o cajon é basicamente uma caixa de madeira com uma abertura circular numa das suas laterais. É tocado da seguinte forma: o percussionista senta-se em cima da caixa e balança-a com o corpo para a frente e para trás, ao mesmo tempo que toca com as mãos a parte frontal.
CARRILHÕES
Instrumento basicamente de efeito. Com bastões de metal de diferentes tamanhos, o carrilhão concebe um som crescente e decrescente bem peculiar.
CASTANHOLAS
São pequenas placas de madeira tocadas com as mãos. Usadas tipicamente por dançarinos espanhóis.
CAXIXI
O caxixi é um pequeno chocalho feito de palha trançada com base de cabaça, cortada em forma circular e a parte superior recta, terminando com uma alça da mesma palha, para se apoiar os dedos durante o toque. No interior do caxixi há sementes secas ou pequenos seixos, que ao se sacudir dá o som característico.
CHOCALHO
Cubo que pode ser de metal ou de madeira, contendo no seu interior grãos ou sementes. Toca-se agitando para a frente e para trás.
CLAVES
Instrumento Cubano criado para marcar ritmos como salsa, mambo, rumba etc. Feito de dois pedaços de madeiras arredondadas, e tocada batendo uma na outra. Segura-se uma clave com as pontas dos dedos da mão esquerda para não abafar o som e toca-se batendo com a clave da mão direita. O som produzido é um som agudo.
CLAVE AFRICANA
Uma das claves é perfurada no centro. Se segurar a clave perfurada directamente sob os furos aumenta a ressonância ao bater com a clave sólida.
CONGAS
De origem afro-cubana, esse instrumento é de som médio grave. Tocam-se com as mãos e os movimentos para execução de qualquer toque acontecem na articulação do pulso.
COWBELL (choca)
De origem africana e de nome original “gã”, recebeu o nome de cowbell dado pelos americanos, que traduzido quer dizer chocalho de vaca. O de som mais grave e mais abafado é usado em rock, funk etc. O especial, que é um som mais aberto, é usado muito em salsa. O Cowbell também é usado no Candomblé como instrumento de marcação.
O cowbell bate-se com uma baqueta na extremidade fechada (x) e na extremidade aberta (o).
CUICA
É um tambor de tamanho médio com uma haste no seu interior.
Conhecido como choro, o som da cuíca dá-se através da fricção da haste interna por um pano húmido, e a pressão na parte externa da cuíca feita pelo dedo. Quanto mais perto do centro da cuíca mais agudo será o som produzido.
A cuíca é um dos elementos mais importantes nas escolas de samba brasileiras.
DARBUKA
Muito popular nos países árabes, é um tambor de pele única e que possui o formato de uma taça. A base é feita de uma peça sólida de alumínio ou níquel que pode ser gravada com motivos decorativos ou coberta com outro material.
DJEMBÉ
Oriundo de África. “Djem” refere-se à árvore de onde sai a madeira para fazer o corpo do instrumento, e “be” significa cabra; onde a pele do animal serve como a superfície do djembé. Para tocá-lo correctamente sente-se na ponta de uma cadeira com os tornozelos cruzados, e coloque o djembé entre as pernas, de uma forma que a base do instrumento fique atrás dos seus calcanhares. Desta forma será possível tirar todos os sons que o instrumento pode lhe oferecer.
DJUNDJUN
Os Djundjuns apresentam aros de metal soldados e cascos de cerejeira cobertos com tecidos africanos. Também se escreve Junjun.
GANZÁ
Instrumento com um formato cilíndrico e com conchinhas, missangas, ou sementes no seu interior. Conhecido também como “xique-xique” devido ao som reproduzido. Muito usado em samba e bossa nova.
GONGO
Instrumento de origem milenar vindo da Ásia, muito utilizado em rituais e cerimónias. Consiste num disco de metal tocado com uma baqueta enchumaçada na extremidade que emite ondas de vibrações.
GUIRO
De origem Africana, é feito de cabaça. O som é conseguido através da fricção de uma vareta nas extremidades e sulcos do instrumento. Muito usado em música afro-cubana.
GUIRO DE MERENGUE
Obtém-se um efeito de guiro raspando com um objecto de arame; ao abanar o tubo obtém-se um efeito de chocalho.
KALIMBA OU MBIRA
De origem africana, consiste em finas e pequenas plaquinhas de metal de vários comprimentos que podem ser montadas numa tábua de madeira lisa, numa caixa de madeira oca ou numa cabaça também oca. Quando tocadas com os polegares criam um som melódico, similar ao do piano.
MARACAS
Originários da América do Sul, estes chocalhos parecem simples, mas requerem uma certa técnica para acompanhar a música. São feitos de cabaça, coco, metal, ou materiais sintéticos, com cabo.
No Brasil é usado em danças regionais como Bumba-meu-boi e outras. É também muito usado na música caribenha em ritmos como bolero, mambo, chachachá, etc.
Para as tocar, desenvolva golpes claros entre as mãos através da acção do pulso.
PANDEIRO
Oriundo da Africa oriental, é considerado um instrumento de percussão completo pois oferece os timbres graves, médios e agudos. No Brasil, o pandeiro entrou por via portuguesa (origem provável é hindu). O pandeiro era usado para acompanhar as procissões religiosas. Feito de madeira, couro de cabra e cinco platinelas, o pandeiro convencional no Rio de Janeiro foi introduzido no samba e chorinho como instrumento de base. Actualmente é usado em músicas folclóricas, populares, pop, eruditas, entre outras.
PAU-DE-CHUVA
Originalmente feito de cactos, o pau-de-chuva tem sua sonoridade produzida quando virado, pois as sementes ou missangas no seu interior caem formando um som semelhante ao da chuva.
RECO-RECO
De origem Africana, é feito de bambu, metal, plástico ou ferro. Muito usado em Samba de raiz e reggae.
REPENIQUE
Criado pelas escolas de samba para repinicar um som mais agudo. É também usado como instrumento de introdução e de solo diante a bateria da escola. No samba é tocado com uma baqueta na mão direita, e a mão esquerda fazendo contra ponto directo na pele do instrumento, ou vice-versa. Tocado junto com os tamborins em ritmo galopado.
SHEKERE
Tal como o Afoxé, também o shekere tradicional é feito com cabaças e tem contas trançadas à sua volta amarradas com cordas ou fios. Os shekeres normalmente são maiores do que os afoxés e produzem um som mais forte – especialmente no tom grave obtido com a palma da mão tocando o maior lado da cabaça.
O Shekere é tradicional de África.
SURDO
De som grave, é usado para marcar o tempo e o ritmo. Existem três tipos de surdos: o de primeira, o de segunda, e o de corte (ou de terceira). O surdo é o coração das baterias de escolas de samba. Muito usado também em frevo, samba reggae e axé music.
TABLA
Instrumento tradicional da Índia, consiste de um par de tambores que são colocados com o percussionista sentado no chão. O tambor maior e mais redondo (bahya) é feito de metal, enquanto o tambor mais alto e mais fino (tabla) é feito de madeira. Eles ficam apoiados em duas bases redondas cobertas com tecido.
TALKING DRUM
Originário de África, o talking drum é um tambor de duas peles com o formato de uma ampulheta. As duas peles são do mesmo tamanho e são amarradas por uma corda.
O seu nome, “tambor falante”, deve-se ao facto de cada uma das peles produzir uma enorme variedade de afinações, inclusive sons femininos bastante agudos e sons masculinos profundos, quando se pressiona o tambor com o braço, enquanto o mesmo é golpeado com a mão ou uma baqueta curva.
TAMBOR DE LÍNGUA
São caixas de madeira com fendas abertas na sua parte superior. Essas fendas possuem uma afinação aleatória e produzem um som único. Este instrumento é tocado com uma baqueta com ponta de feltro.
TAMBORA
Originária da República Dominicana, a tambora é muito utilizada no merengue. É um tambor pequeno de duas peles que é tocado com a mão de um lado e um batedor de madeira ou baqueta do outro.
TAMBORIM
Instrumento de pequeno tamanho, e grande efeito sonoro; tocado com uma baqueta.
Usado em samba tradicional com levada telecoteco, e nas escolas de samba com a levada naipe.
TANTAN
Tocado com uma mão na pele e outra no corpo do instrumento. Às vezes é usado como instrumento de base, às vezes como de variações durante a execução.
TIMBAL
Tambor com pele de nylon inspirado no tradicional Timba, foi introduzido na timbalada por Carlinhos Brown. Actualmente está sendo usado na música baiana em geral. Com sua afinação aguda, o Timbal produz um som bem estalado.
TIMBALES
De origem cubana, é constituído por duas peças de aço inoxidável. Com um som grave e outro agudo, é tocado com duas baquetas de madeira um pouco mais finas do que as baquetas de bateria. Quando golpeados no lado do casco num ritmo de “cascara”, o timbale é o que empresta toda a força ao ritmo de salsa. Embora originalmente usados somente em música latina, hoje os timbales foram incorporados em todas as áreas da música.
TRIÂNGULO
O som é tirado através do movimento do bastão batendo no triângulo em sincronia com a mão que segura e determina o som aberto ou fechado. É muito usado em combinação com Zabumba e sanfona em ritmos regionais brasileiros como fórro, xaxado, xote etc. Normalmente é feito de ferro ou aço, mas podem ser encontrados em alumínio.
UDU
É um tambor feito de um pote de argila originário de África (“udu” quer dizer “pote”). Possui um orifício lateral que, quando a base é golpeada, produz sons bastante profundos. Os udus foram inicialmente utilizados em cerimónias religiosas e culturais.
ZABUMBA
Instrumento característico de ritmos regionais brasileiros como coco, xaxado, fórro e xote. Com seu som grave marca o tempo forte da música. Marca também o contra tempo devido à sua vareta chamada Bacalhau, que bate na pele inferior. O som grave funciona como uma espécie de bumbo de bateria, enquanto o bacalhau, uma espécie de caixa.
XILOFONE
Instrumento composto de lâminas de madeira ou de metal tocadas com baquetas. Para vibrar, essas lâminas são postas sobre um suporte, ou sobre um buraco escavado na terra, ou ainda sobre as pernas do músico.